A tecnologia traz muitos benefícios para a sociedade: facilita a rotina, gera mais entretenimento e agiliza a troca de informações. Mas o seu uso excessivo também pode trazer uma série de malefícios.
A utilização indiscriminada de dispositivos tecnológicos vem impactando tanto a saúde física quanto mental das pessoas, sendo que a dependência pela internet já está prestes a se tornar uma grave patologia psiquiátrica.
Por isso, é indispensável ficar atento ao uso dos celulares, computadores e videogames, prestando atenção a qualquer sinal de que esses aparelhos estejam excessivamente presente no seu dia a dia.
Veja, a seguir, os principais riscos da tecnologia e conheça algumas dicas evitar transtornos à sua saúde e à da sua família:
Utilizar a tecnologia de forma abusiva pode trazer muitos prejuízos o adequado funcionamento do corpo. Tais prejuízos vão desde os problemas com a coluna até a diminuição da qualidade da visão.
Conheça um pouco mais sobre alguns desses problemas:
Um dos grandes prejuízos que o uso excessivo de tecnologias pode provocar para a saúde é a obesidade.
Desde que os aparelhos eletrônicos e a internet ficaram amplamente acessíveis, as pessoas reduziram drasticamente a prática de atividades físicas no seu dia a dia, tornando-se cada vez mais sedentárias.
Isso porque o tablet e o smartphone foram, pouco a pouco, tornando-se uma fonte de diversão e de entretenimento, substituindo as outras atividades de lazer que requerem deslocamento — como caminhadas e passeios em parques.
Além disso, atualmente, o computador e a internet são o principal recurso de trabalho, principalmente para profissionais que lidam com tarefas intelectuais ou que necessitam de pesquisa e de informação.
Como consequência, as pessoas passam a maior parte das horas sentadas, diminuindo a movimentação do seu corpo ao longo do dia. Assim, elas ingerem mais calorias do que gastam, o que favorece a obesidade.
Segundo estudo realizado no Canadá, existe uma relação direta entre usar exageradamente dispositivos eletrônicos e o sedentarismo. Tal estudo demonstrou que pessoas que possuem televisão, computador e carro têm maior tendência em desenvolver obesidade e diabetes.
Outro achado dessa pesquisa é que viciados em tecnologia também possuem 9 centímetros adicionais de circunferência abdominal em relação às demais.
Apesar de se tornar cada vez mais comum, a obesidade pode trazer consequências sérias para a saúde. Ela aumenta o risco do desenvolvimento de doenças crônicas — diabetes, hipertensão e problemas cardíacos, como o infarto —, além de favorecer a ocorrência do câncer.
Para evitar a obesidade, é indispensável que se reduza o uso de tecnologias durante o dia e que seja adotada uma rotina de vida mais saudável. Veja algumas dicas:
Outro prejuízo do uso excessivo de tecnologia são os problemas posturais. Talvez, a coluna seja uma das partes do corpo mais afetadas por esse exagero, visto que, na maioria das vezes, os dispositivos são utilizados sem preocupação com a postura.
Ao olhar para a tela dos aparelhos — smartphones, tablets e computadores — as pessoas curvam as costas e abaixam a cabeça. No entanto, à medida em que a cabeça se inclina, o pescoço se torna a sua principal sustentação, aumentando a pressão sobre a coluna cervical.
Da mesma forma, profissionais que trabalham em frente ao computador, geralmente, não utilizam um mobiliário ergométrico. Nesse sentido, eles passam a maior parte do seu dia com as costas flexionadas para a frente ou com o corpo pendendo para o lado, o que não é saudável para a sua coluna.
Permanecer longas horas utilizando a tecnologia em posições posturais inadequadas impacta a coluna. Entre os problemas causados, podem ser citados:
Para evitar os problemas posturais:
Além dos problemas ortopédicos da coluna, o uso inadequado da tecnologia também pode prejudicar a saúde dos dedos e dos punhos.
Aplicativos de troca instantânea de mensagens, redes sociais e e-mail são alguns dos exemplos de como as pessoas querem estar sempre on-line e antenadas a tudo o que está ocorrendo à sua volta.
Nesse cenário, elas vivem digitando, seja no smartphone ou no computador. Entretanto, o excesso de digitação pode provocar lesões nos dedos e nos punhos por causa das várias horas fazendo, repetidamente, o mesmo movimento.
Dentre os problemas que podem ser gerados em decorrência do excesso de digitação, se encontram:
Algumas dicas podem ser implantadas para evitar que as lesões nos dedos, mãos e punhos ocorram:
Os olhos também podem ser muito prejudicados pelo uso indiscriminado de computadores, celulares e outros dispositivos móveis.
Esse uso abusivo pode causar problemas precoces para a visão. Isso acontece porque os o foco é mantido em um mesmo objeto por um longo período, levando a uma acomodação visual excessiva, que, por sua vez, gera espasmos no músculo ocular e danos para a visão.
Estão entre as consequências dos impactos tecnológicos relacionados à visão:
As dicas para evitar que a visão seja prejudicada pelo uso excessivo da tecnologia são bem simples. Veja algumas delas:
Diversos são os fatores que podem prejudicar a saúde da nossa mente. Dentre eles, o uso exagerado de tecnologias tem se tornado um dos principais determinantes de problemas emocionais e psicológicos.
Vários são os riscos da tecnologia para o bem-estar mental, sendo que o excesso pode causar perturbações comportamentais, estresse, insônia, dependência e ansiedade.
Confira um pouco mais sobre alguns desses problemas:
Os dispositivos móveis, os comunicadores instantâneos e as redes sociais criaram uma era em que as pessoas estão hiperconectadas.
Apesar de facilitar a comunicação, estar o tempo todo conectado acarreta uma sensação de imediatismo e gera um volume de informações que não são totalmente absorvidas, sobrecarregando o cérebro e tornando as pessoas cada vez mais ansiosas.
Em contrapartida, essa ansiedade exacerbada causa diversos prejuízos físicos e psicológicos, atrapalhando as atividades do dia a dia.
Algumas das consequências da ansiedade exacerbada são:
Para evitar que o uso da tecnologia cause um transtorno de ansiedade, é preciso tomar alguns cuidados, tais como:
FOMO é a sigla para a expressão fear of missing out, que, em português, significa “medo de ficar por fora” ou “medo de perder algo”.
Essa é uma síndrome caracterizada pelo medo de que os outros estejam vivenciando boas experiências da qual a pessoa em questão não faz parte.
Como consequência, ela tem uma constante necessidade de checar as redes sociais e os comunicadores instantâneos, além de, a todo momento, compartilhar as novidades da sua vida, postando fotos e outras publicações.
Para identificar essa síndrome, é preciso consulta a um profissional especialista (psicólogo ou psiquiatra). Quando os sintomas são muito exagerados, eles podem ser reconhecidos pelos próprios familiares e amigos.
São sinais comuns da FOMO:
A síndrome pode atingir pessoas de qualquer faixa etária. No entanto, é mais comum em adolescentes, jovens e adultos com idade até 34 anos, sendo considerada como um dos primeiros sintomas de dependência pela internet.
Essa angústia social foi descrita pela 1ª vez no ano 2000, mas só atualmente é que ela passou a ganhar mais evidência devido ao uso cada vez mais exagerado das redes sociais.
Essa síndrome pode trazer graves prejuízos físicos, profissionais, emocionais e sociais. Dentre eles, podem ser citados:
Para evitar a ocorrência da FOMO, você pode adotar as seguintes atitudes:
Com a disseminação das redes sociais e dos aplicativos de trocas instantâneas de mensagens — que são carregados para todos os lugares por meio dos celulares —, as pessoas passaram a viver, cada vez mais, um mundo virtual.
A maior parte das interações deixou de ser realizada pessoalmente: a conversa com os amigos acontece por mensagens de texto; as reuniões de trabalho são transferidas para o meio remoto; e as novidades são todas publicadas e acompanhadas nas redes sociais.
Essas características da vida moderna têm trazido graves problemas sociais. Quando a tecnologia é utilizada de maneira exagerada, os indivíduos se desconectam do mundo real e passam a ter dificuldades de interagir e relacionar pessoalmente com o próximo.
São consequências sociais do uso exagerado das tecnologias e da internet:
Para evitar problemas sociais devido ao abuso da tecnologia, é preciso reduzir ao máximo o tempo de uso dos dispositivos eletrônicos e das redes sociais, priorizando a vivência real e a companhia das pessoas que te rodeiam.
É preciso, também, se policiar quanto ao uso das redes sociais no ambiente de trabalho, evitando distrações que podem diminuir a sua produtividade profissional.
Outro dos riscos da tecnologia para a saúde é a alteração do padrão de sono. É cada vez maior o número de pessoas que não se desconectam durante o dia e nem desligam o celular, inclusive, na hora de dormir. Há quem durma com o aparelho debaixo do seu travesseiro.
Entretanto, esses hábitos provocam um estado de alerta constante, ou seja, a mente fica a todo momento esperando por uma nova mensagem ou notificação, que precisa ser prontamente respondida ou verificada.
Esse cenário prejudica o início do sono, que, por sua vez, se torna mais agitado. Como consequência, o sono profundo e reparador não é atingido, fazendo com que a insônia se instale.
A longo prazo, a insônia proveniente do uso abusivo das tecnologias pode trazer impactos importante tanto para a saúde física quanto mental, tais como:
Para evitar dificuldades com o seu sono:
Passar horas e horas por dia utilizando o celular pode causar um vício, que, inclusive, já tem um nome: nomofobia. Esse termo é derivado da expressão em inglês no mobile phobia, que significa “medo de ficar sem o celular”.
O abuso do uso dos smartphones gera alterações no cérebro se parecem com aquelas provocadas pelas drogas, podendo, inclusive, causar sensação de abstinência. Mas, nesse caso, a dependência é comportamental, e não química.
Esse transtorno psicológico — que é uma espécie de fobia social — tem como sinais e sintomas:
A nomofobia geralmente afeta pessoas ansiosas, especialmente aquelas pertencentes à faixa etária de 13 a 25 anos.
Muito frequentemente, quem é afetado pelo transtorno não consegue diferenciar entre o uso normal e abusivo do celular, ou seja, o que é saudável e prejudicial. Isso é ainda mais agravado pelo fato dos aparelhos serem aceitos socialmente e utilizados como recurso de estudo e de trabalho.
Assim como acontece com as drogas químicas — como o álcool, o cigarro e a cocaína —, a dependência pelo celular também tem graves impactos para a saúde, principalmente para a saúde mental.
Nesse contexto, a nomofobia pode provocar ansiedade exacerbada, depressão, alterações do sono, pânico e fobia social.
Além disso, esse transtorno pode afetar as atividades escolares e profissionais. Isso porque a pessoa não consegue se concentrar nos seus afazeres, pois está preocupada com o que está acontecendo no seu celular.
A fobia também acaba causando uma troca da vida real pela virtual, prejudicando o convívio social e aumentando o número de conflitos com as pessoas próximas.
Para prevenir a ocorrência da nomofobia, o mais indicado é fazer um uso moderado dos smartphones, evitando utilizá-los durante os momentos de lazer e de descanso.
Outra dica é desabilitar as notificações do aparelho, inclusive, dos comunicadores instantâneos e investir em atividades de lazer ao ar livre.
Além disso, caso tenha qualquer sintoma anormal em relação à utilização dos celulares, é fundamental procurar ajuda profissional o mais rápido possível.
Esse transtorno pode ser tratado com acompanhamento psicológico e, em situações mais graves, com o uso de medicamentos.
Viu só que são vários os riscos da tecnologia? Comece a cuidar melhor da sua saúde, reduzindo o uso dos celulares, computadores e internet e investido em atividades mais prazerosas.
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