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Dezembro vermelho: prevenção e avanços da medicina contra AIDS

Dezembro é o mês-chave de campanhas de prevenção à AIDS. Essa doença, que afeta mais de 40 milhões de pessoas no mundo todo, tem sido combatida sistematicamente pela medicina, com tratamentos e prevenção cada vez mais avançados.

Para lembrar da importância de evitar contrair o vírus, em primeiro lugar, o mês de dezembro foi escolhido para a conscientização. O laço vermelho, símbolo da luta contra o HIV, pode ser visto em diversas instituições e campanhas ao longo desse período.

Por isso, preparamos este post para esclarecer as principais dúvidas sobre o Dezembro Vermelho e falar dos avanços da medicina em relação à prevenção e ao tratamento da AIDS. Confira!

O que é a campanha Dezembro Vermelho?

Em 1987 a Assembleia Mundial da Saúde, com o apoio das Organização das Nações Unidas, definiu dezembro como o mês oficial de solidariedade, compaixão e compreensão pelas pessoas infectadas com o vírus HIV.

Esse mês, além de reforçar a importância de prevenir e tratar, também serve para conscientizar de forma a diminuir a intolerância e o preconceito em relação à doença. Por isso, o laço vermelho é usado por celebridades e autoridades do mundo todo em prol da causa.

O que é HIV/AIDS?

O HIV é um vírus que afeta todo o sistema imunológico de quem é infectado por ele. Ele atua diminuindo e enfraquecendo a atividade dos glóbulos brancos, tornando a pessoa suscetível ao ataque de outras doenças. Ou seja, uma pessoa que esteja com altas taxas de HIV no corpo corre o risco de morrer ao ter mesmo que um simples resfriado.

Esse vírus é transmitido por contato com fluidos corporais, como sêmen, saliva, sangue, fluido vaginal e leite materno. Por isso, boa parte das campanhas de prevenção reforçam a importância de usar camisinhas em todas as relações sexuais, inclusive no sexo oral.

A AIDS, portanto, é a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, causada pelo vírus HIV. Para entender, basta uma comparação simples: a gripe é o nome da doença (como no caso da AIDS) e influenza é o nome do vírus causador (nesse caso, o vírus HIV).

Um dos maiores perigos da doença é a falta de sintomas por um longo período após a infecção. Nas primeiras semanas após a contração aparecem feridas na boca e/ou nos genitais, seguidas de erupções na pele do tronco. Esses sintomas costumam desaparecer rapidamente, entre uma e duas semanas.

Após isso, o vírus pode entrar em estado de latência por até 20 anos. Os sintomas que surgem quando a AIDS já está estabelecida incluem:

  • dores de cabeça;
  • tumores na pele;
  • diarreia crônica;
  • problemas de digestão;
  • problemas respiratórios.

O diagnóstico é feito com base na contagem de linfócitos T no sangue: se estiverem abaixo de 200 células por microlitro de sangue, então há grandes chances da pessoa estar infectada pelo HIV. Em geral, também observa-se o desenvolvimento de outras doenças, como a candidíase e pneumocistose para verificar o andamento da síndrome.

Como prevenir o contágio?

A prevenção à AIDS muitas vezes é focada no uso do preservativo em todas as relações sexuais. Apesar de evitar diversas doenças e ser uma forma de contracepção, a camisinha nem sempre é usada da forma ideal ou em todas as relações sexuais, como é o desejável.

Além disso, é importante que se evite o uso de seringas compartilhadas, seja qual for o objetivo da utilização. Recomenda-se também evitar dividir o uso de aparelhos de barbear, lâminas ou qualquer objeto que tenha possível contato direto com sangue.

Mães que sejam portadoras do vírus HIV também devem evitar amamentar, tendo o direito de usar leite de bancos de leite ou alternativas alimentares para bebês. Mulheres grávidas devem fazer acompanhamento da gravidez com um médico infectologista para assegurar que o bebê não será contaminado.

Práticas como compartilhar copos, talheres, cigarros ou trocar beijos não oferecem risco de contágio. No caso do beijo, é necessário haver machucados profundos e sangramentos na boca para ocorrer a infecção. Apesar do vírus HIV estar presente na saliva, ele é neutralizado pela acidez e por substâncias presentes na boca.

Como funciona o tratamento?

Uma vez que uma pessoa é diagnosticada como portadora de HIV ou com AIDS, ela deve iniciar seu tratamento imediatamente, sempre acompanhada por um infectologista. O tratamento é multidisciplinar e pode incluir diversos exames e procedimentos.

É feita uma avaliação do estado de saúde do paciente e desenvolvimento do vírus para determinar as doses de medicamentos que serão necessárias. A partir daí é iniciado o acompanhamento da doença. É importante que o paciente tome seus medicamentos corretamente, de forma a evitar que o vírus adquira resistência.

Quanto antes a infecção for detectada, melhor. O início do tratamento ainda nos primeiros estágios garante uma maior longevidade e melhor qualidade de vida ao paciente. Exames clínicos e laboratoriais regulares e o estilo de vida saudável contribuem para a manutenção da saúde por um longo tempo.

O que é o PEP (Profilaxia Pós-Exposição)?

O PEP é uma terapia retroviral que dura cerca de 28 dias após o contágio e, se feita corretamente, evita a sobrevivência e multiplicação do HIV em pessoas que podem ter sido contaminadas. De acordo com o Ministério da Saúde, o PEP é aplicável nos seguintes casos:

  • violência sexual;
  • relações sexuais desprotegidas (sem camisinha ou com rompimento dela);
  • acidente ocupacional (com objetos perfurantes ou cortantes que tenham estado com material biológico).

Esse tratamento de emergência deve ser prescrito por um médico, que vai avaliar a necessidade de outros medicamentos. O primeiro atendimento deve ser realizado até 72 horas após a possível contaminação. Após isso, o resultado pode ficar comprometido.

Também é importante seguir à risca as instruções e realizar acompanhamento médico durante o período de tratamento. O PEP pode ser solicitado gratuitamente em qualquer hospital ou unidade básica de saúde do SUS, e é considerado um avanço na prevenção e no tratamento da AIDS.

Quais são os avanços na medicina?

Apesar do vírus HIV ser muito difícil de ser estudado e da AIDS ainda não ter cura, muitas autoridades no assunto acreditam que em breve haverá avanços nesse sentido.

O vírus se espalha diretamente no material genético do paciente, tornando todas as células infectadas as próprias reprodutoras do HIV. Ou seja, não é possível atacar diretamente o vírus, mas a descoberta de como o HIV se reproduz e funciona no corpo humano foi um avanço significativo, bem como os medicamentos de prevenção imediata.

Desde a descoberta do HIV, a ciência avançou enormemente no tratamento e na profilaxia, que são cada vez mais acessíveis e eficientes.

A campanha de Dezembro Vermelho não é apenas sobre prevenção, é sobre entender que pessoas portadoras do vírus também têm direito à vida em sociedade sem sofrer preconceito ou limitações. Informar-se sobre a doença e ajudar pessoas que tenham sido contaminadas com tolerância e compaixão é muito importante!

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Redação

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