Depois de uma gravidez repleta de ansiedade e expectativa, finalmente o novo membro chega à família. Entre todos os cuidados necessários nessa etapa, a alimentação do bebê é um dos fatores que mais preocupa os pais. Felizmente, a própria natureza providenciou a melhor fonte de nutrição para o recém-nascido: o leite materno. Mas você sabe qual é a influência do tempo de amamentação na saúde da criança?
É justamente sobre isso que falaremos no post de hoje. Continue a leitura e entenda como o prolongamento do aleitamento materno contribui para a saúde do bebê e qual é o período ideal para a amamentação!
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), toda criança deve ser alimentada somente com leite materno até os 6 meses de vida. Após esse período, ela pode (e deve) receber outros alimentos gradualmente, mas recomenda-se que ela ainda seja amamentada pelo menos até os 2 anos de idade.
O leite materno é reconhecido como a fonte nutricional mais completa para os bebês. Ele fornece todos os nutrientes necessários nos primeiros meses de vida, como proteínas, energia, vitaminas e minerais, além de substâncias que fortalecem a defesa do corpo.
A infeliz realidade, no entanto, é que a maioria dos bebês no Brasil é privada desses nutrientes. A média de tempo de amamentação exclusiva no país é de apenas 54 dias, ou seja, eles perdem todos os benefícios que uma amamentação prolongada proporcionaria ao seu crescimento e saúde.
Quer entender quais são os benefícios de um tempo de amamentação prolongado para a saúde do bebê? Então vamos começar:
Como você viu, o leite materno tem todos os componentes que o bebê precisa para saciar sua fome, promover o crescimento e fortalecer o sistema de defesa do organismo. E isso não vale apenas para os recém-nascidos! Pesquisas mostram que, após o primeiro ano de vida, a criança que recebe meio litro de leite materno por dia tem garantidas:
Portanto, se o que a mãe deseja é oferecer à criança um alimento completo, que não precisa de refrigeração, não requer preparo e está sempre à disposição, é só oferecer o leite materno!
Além da vitamina C, que já mostramos ser importante para fortalecer a imunidade do organismo, o leite materno contém outros fatores de proteção. Ele transmite as próprias células de defesa da mãe para o bebê, tornando-o mais apto a combater doenças.
Para se ter uma ideia do impacto desses fatores na saúde, estudos apontam um risco de morte por doenças infecciosas duas vezes maior em crianças que não foram amamentadas ao longo do segundo ano de vida.
Portanto, a amamentação prolongada é uma forma de garantir que o corpo da criança tenha recursos importantes para se defender de doenças. O leite materno também previne infecções respiratórias, urinárias e gastrointestinais.
Você já deve ter ouvido que sugar o leite materno exige bastante esforço do bebê, e isso é totalmente verdadeiro! Já a mamadeira deixa o líquido escoar muito mais facilmente, fazendo com que ele use pouco os músculos faciais. Mas será que isso é importante?
Na verdade, é justamente esse esforço realizado durante a mamada que favorece o desenvolvimento dos músculos da face. Eles são importantes para funções como a respiração, a deglutição (movimento feito para engolir) e, é claro, para a fala.
A alimentação do bebê nos primeiros anos é fundamental para o desenvolvimento da inteligência, e o aleitamento também está diretamente relacionado a isso. Supõe-se que a influência seja das gorduras insaturadas encontradas no leite materno, que contribuem para o crescimento do cérebro e do sistema nervoso.
O resultado disso pode ser percebido nos bancos da escola: estudos mostram que quando as crianças são amamentadas por um período prolongado, elas demonstram mais facilidade para aprender, o que se reflete em boas notas.
Você já deve ter percebido que muitas pessoas, inclusive crianças, têm alergia ou intolerância a determinados tipos de alimento. Pois saiba que o aleitamento prolongado pode prevenir esse tipo de problema!
Quando o bebê não é amamentado, ele provavelmente receberá algum tipo de fórmula infantil. No mercado, nós chamamos esses produtos de leite em pó, mas na verdade ele contém mais que isso: a proteína dessas fórmulas infantis costuma ser derivada do leite de vaca e tem realmente um grande potencial de desencadear uma alergia.
Outro alimento com grande potencial alergênico é a soja, que frequentemente está presente nesses alimentos também. Por isso, os pesquisadores já descobriram que, quanto mais tarde uma criança tem contato com esse tipo de alimento, menores são as chances de ela desenvolver alergias alimentares.
Saúde não envolve apenas o aspecto físico. Crescer, ter ossos fortes e ser capaz de se defender de doenças é muito importante, é claro, mas o aspecto emocional também tem uma influência enorme na qualidade de vida de uma criança.
Novamente, a amamentação prolongada garante uma vantagem ao bebê. A prática ajuda a fortalecer o vínculo entre mãe e filho e, ao contrário do que muitos pensam, o resultado não será uma dependência excessiva. Crianças que vivenciam esse processo se tornam emocionalmente fortalecidas e demonstram ser adultos mais seguros.
Por todos esses motivos, a amamentação prolongada faz muito bem para o bebê. Recomenda-se, então, que o desmame seja natural e aconteça o mais tarde possível, de preferência depois que a criança tenha completado dois anos, podendo se estender além dessa idade.
Vale lembrar ainda que, mesmo em caso de desmame, não se recomenda o uso de mamadeiras. Pediatras afirmam que elas prejudicam o desenvolvimento da arcada dentária e o processo de deglutição. Se for oferecer outros líquidos para a criança, o ideal é servi-los em um copo com bico.
Entendeu qual é a influência do tempo de amamentação na saúde do bebê? Restou alguma dúvida ou tem uma experiência com o aleitamento para compartilhar? Deixe o seu comentário e participe da conversa!
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