Quem não conhece alguém que tem uma mini farmácia em casa? Uma daquelas caixas recheadas de remédios para todas as ocasiões e enfermidades. Por algum motivo, nós sentimos a certeza de que não há necessidade de buscar ajuda de um médico para um diagnóstico preciso. O que poucas pessoas levam em conta são os riscos da automedicação.
Ter essa coleção de medicamentos em casa já é uma tradição para muitas famílias. Uma breve análise dos sintomas já rende indicações de uma pílula ou de algumas gotas de remédio. O problema é que, além de não provocar a cura da enfermidade, esse tipo de situação pode provocar diversos outros problemas.
Hoje, aqui no blog, vamos entender quais são os riscos da automedicação, revelar os principais prejuízos para quem opta por ingerir esses produtos sem um acompanhamento clínico, além de dar dicas para tomar remédios da maneira correta. Acompanhe:
Um remédio para dor de cabeça, outro para um incômodo muscular no ombro, mais um para azia e, no fim, um para a garganta inflamada. A praticidade de ter tantos remédios à disposição e com promessas de resolução rápida para nossos desconfortos é tentadora, mas esconde uma série de perigos.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 10% das internações hospitalares são provocados pela automedicação incorreta. Para se ter uma ideia, segundo o Centro Integrado de Vigilância Toxicológica do Mato Grosso do Sul (Civitox), a maioria dos casos de intoxicações são provocadas justamente por medicamentos.
O índice é superior, inclusive, aos casos de picadas de animais peçonhentos ou de contaminação por agrotóxicos. No Brasil, segundo uma pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), pelo menos 80 milhões de pessoas revelaram o hábito de tomar remédio por conta própria.
Outra pesquisa, dessa vez do Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), mostrou um índice ainda mais preocupante: a automedicação é praticada por 76,4% dos brasileiros.
Efeitos indesejados, ocultamento de condições graves, reações pelas interações e muitos outros problemas estão na lista dos riscos da automedicação. Por isso, antes de tomar o seu próximo comprimido por conta própria ou por indicação de alguém, confira a lista que preparamos explicando alguns desses perigos.
Um dos maiores riscos da automedicação é, sem dúvidas, o da intoxicação. A facilidade de acesso a medicamentos das classes dos anti-inflamatórios, analgésicos e antitérmicos, faz com que o seu uso ocorra de forma indiscriminada.
Em busca de soluções ágeis para os sintomas, muitas vezes ocorre uma superdosagem na ingestão dos remédios. Ou seja, ao invés de apenas um comprimido para dor de cabeça, por exemplo, muita gente toma dois de uma vez para tentar acelerar o processo de recuperação.
Essas doses extras, no entanto, podem resultar em reações alérgicas graves. Alguns casos de intoxicação podem até mesmo ser fatais. Para as crianças, os riscos são ainda maiores: o acúmulo de substâncias presentes nos medicamentos pode comprometer o funcionamento de alguns órgãos do corpo e provocar sequelas graves.
Certamente você já foi a um médico e, antes de te indicar o tratamento, ele te perguntou se você estava fazendo uso de alguma substância. Essa pergunta — que deve ser sempre respondida de forma honesta — é feita justamente para evitar um problema que pode ser muito grave, conhecido como interação medicamentosa.
Isso ocorre quando os efeitos de um remédio são afetados pela presença de outro no organismo. Assim, esconder do seu médico que você está tomando uma classe de medicamentos pode fazer com que ele te receite algo que não tenha os efeitos desejados ou, ainda, que provoque dores pelo corpo, problemas cardíacos ou até mesmo sangramentos.
Usar um antibiótico em conjunto com um antiácido, por exemplo, parece inofensivo, correto? Errado! Essa mistura tende a atrapalhar o tratamento de infecções. Já a mistura de corticoides com anticoncepcionais pode provocar dores no estômago e aumentar o risco de sangramentos.
Por isso, na hora de conversar com o seu médico, seja sincero sobre quais medicamentos fazem parte da sua rotina!
Por muitos anos, os antibióticos foram vendidos livremente e sem receita nas farmácias. Essa prática, porém, resultou no uso descontrolado dessa classe de remédios e criou um efeito perigoso: a resistência dos micro-organismos.
Como os fármacos eram usados indiscriminadamente e sem as orientações corretas, muitas bactérias acabaram se tornando fortes e imunes aos efeitos ativos. Para evitar esse tipo de situação, hoje os antibióticos só são vendidos com receita médica, que é retida após a venda.
Por ter resolvido o seu problema em determinado momento, o remédio ganha status de “milagreiro”. Devido a esse bom resultado em uma ocasião, um risco ainda maior aparece: o da dependência.
O vício em remédios acontece quando as drogas acabam fazendo parte do cotidiano das pessoas e a necessidade de consumi-las existe mesmo sem o aparecimento real de sintomas.
Com a ingestão recorrente e o abuso de medicamentos, além de as substâncias não terem mais efeitos no organismo ao longo do tempo, como já explicamos no tópico anterior, outros problemas graves à saúde podem surgir, como a hipocondria, por exemplo, que é o medo exagerado e frequente de ter uma doença grave.
Uma dor de cabeça, por mais simples que possa parecer, pode ser, sim, um sinal de que há algo errado com o seu corpo, ainda que seja apenas um pequeno resfriado começando.
Ao ingerir vários medicamentos sem prescrição para anular sintomas, um problema mais sério pode estar sendo mascarado e o seu diagnóstico, por consequência, adiado.
Por isso, ao invés de se automedicar e possivelmente abafar algo mais grave, confie na ajuda de um profissional.
O uso de medicamentos, inclusive os que não necessitam de receita médica para serem adquiridos, deve ser sempre acompanhado de um profissional. É preciso, no mínimo, ter o apoio de um farmacêutico para indicar as doses recomendadas quando é um remédio sem tarja.
Em todos os outros casos, o acompanhamento de um médico é essencial. É ele quem vai realizar o verdadeiro diagnóstico, analisar possíveis interações entre os medicamentos, definir qual a dosagem para o seu caso e te explicar como o remédio vai agir no seu corpo.
Por isso, ter a segurança de um bom plano de saúde que te permita recorrer a esse auxílio profissional sempre que necessário é um caminho que vai ajudar — e muito — que você evite os riscos da automedicação.
Caso você tenha dúvidas sobre qual é o melhor plano para você e sua família, entre em contato conosco e conheça nossas soluções para a sua saúde!
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